Ao terminar o boquete, ela me beijou. Tentei, ainda, me desvencilhar, mas não teve jeito. Engranzou a língua pentelhada em minha boca. Engasguei com o pêlo do meu próprio saco.
- ‘Tá gostando, amor?
Era p’ra ser somente um piquenique, mas as malditas bananas excitaram minha mulher. Amaldiçoado o dia em que usei pacoba como manguito plastificado, a fim de introduzir o artefato no armazém de Paula. Foi pau lá mesmo! O suor cascateou na testa dela, gemidos estridentes me lancinaram, os lábios femininos sugados para a própria boca também denunciavam prazer, enquanto o fruto - coitado - se atassalhava. Depois, a desgraçada me fez comer a pacoba. Fui banana!
Se fôssemos solteiros, talvez meu gozo borrasse a face de Paula, do modo como ela desejava. Mas somente borrifadas de espermas amarelados pintaram debilmente a fronte encanecida de minha senhora.
Gosto de saber que ela ainda tem prazer. Brinca com meu little Norris - mesmo murcho e acanhado. Nessas horas eu me alegro, pois sei que a infeliz ainda me ama. Tento, então, fazê-la afortunada, saciá-la. A idéia da banana encamisada ainda me persegue. É o melhor recurso, ainda que agourento.
Raramente, meu velho amigo desponta imponente por entre minhas pernas franzinas. Sem pensar – porque pensar o desanima -, corro para a bainha de Pandora de minha comparte. Quando ela não está por perto, masturbo-me com o pensamento nela. Sei que isso a deixaria feliz.
Prefiro esperar uma ereção a recorrer a instrumentos malacafentos. Mas aos poucos aprendo. Piquenique, por exemplo, sem bananas. Após o boquete, nada de beijos. Minha velha amada só quer me agradar, eu sei. E quando ela pergunta se eu estou gostando, penso: “Essa, e só essa, é a maldita mulher da minha vida”.
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