Curitiba é assim. Todo dia, renasço regionalista.O dilúculo é nauseado, pois o vampiro é solitário. E da mordida de outrora, só me resta o estigma perpetuado.
Caminho pela cidade e sinto a gravidade dos campestres. Nada de “Bom-dia!”. E por que teria de ser assim? Afinal, pretendo uma vida mal-educada só p’ra dar o que falar.
No cerne da timidez, encerro enigmas evolucionários. Mas para o curitibano só resta uma saída: afogar-se! Com quentão e pinhão. Estranho! Toda evolução flui. Prédios crescem diante dos olhos, enquanto a luz penetra debilmente a Ópera de Arame.
Em outros campos, vi gurias de Ipanema. Trajavam duas peças. Uma em cima, outra embaixo. Mas aqui também se sustenta o narcisismo. A polaca da XV. O jazz das esquinas. Os velhos de praças. A torre e o peão.
Malandro, não sou. Brancacento, pálido, sim.
Entristeço-me quando matam um carcará. Não diferente me sinto ao ouvir os disparos de lá.
Estranho. Eu. Pois não sou gato de Ipanema. Sou bicho do Paraná.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
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